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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tomando como exemplo a tragédia no Rio de Janeiro,Comitê da bacia hidrográfica do Pajeú mostra preocupação com relação as residências próximas ao Rio

Com cumprimentos de cordialidade, venho por meio deste, convidar a todos para realizar uma profunda reflexão a respeito das devastadoras enchentes que estão ocorrendo em alguns Estados do nosso País. Apesar de menos frequente no estado, ainda ocorrem em algumas áreas de Pernambuco enchentes devastadoras que podem estar associadas a ações antropogênicas, sendo destacadas: Impermeabilização do solo e desmatamento da vegetação nativa, que inviabilizam a infiltração da água no terreno e consequentemente disseminação do excesso da mesma; aterramento de áreas alagadas por resíduos sólidos urbanos, que corrobora significativamente para a amortização das águas oriundas da sangria de reservatórios de acumulação; assoreamento de rios, que represa a água, e reservatórios de acumulação, que diminui o volume útil dos mesmos bem como propicia menor tempo de retenção. Em nosso município tem-se uma preocupação maior com a área urbanizada e com as residências próximas ao Rio Pajeú, pois a combinação de rios e reservatórios assoreados com entulho de construção sem nenhum parâmetro de planejamento por Plano Diretor pode propiciar escoamento de águas com vazões extremamente altas e devastadoras, comprometendo assim, o setor comercial de Serra Talhada que está localizado em área de risco. Diagnósticos indicam que ocorreram cheias nos anos de 1960, 1967 e 2004 aonde neste último observou-se precipitação pluviométrica anual de 926,3mm (DNOCS) para uma população urbana de 57,05% (IBGE). Em 2009 tivemos uma precipitação de 850,3mm e grandes transtornos na área de risco. Para 2011 se projeta um inverno rigoroso e de acordo com o IBGE estamos com, aproximadamente, 71% de população urbana. Assim, considerando as intervenções civis no município, sobretudo na área de risco, devemos despertar para uma análise detalhada e montagem de plano de ação organizado por cada órgão responsável local. Um eficaz planejamento e um contínuo monitoramento de ocupação dos vales, do desmatamento e da erosão, e ainda uma eficaz operação dos açudes poderão evitar tais problemas para a sociedade.

Homembom Magalhães
Presidente do COBH Pajeú


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