
“Não faz parte de nenhuma
pretensão pessoal, jamais, disputar nenhum cargo”, afirmou João Campos, filho
do ex-governador Eduardo Campos, após assumir a secretaria de organização
do PSB de Pernambuco, na noite desta terça-feira (28). Cursando engenharia civil,
o jovem negou estar se preparando para disputar cargos eletivos em 2016, quando
acontecem as eleições municipais.
O filho de Eduardo Campos argumentou que sempre participou das
discussões internas do partido. “Agora na campanha eu andei mais de 50
municípios fazendo campanha para as nossas lideranças. E eu iria fazer isso
independente de cargo ou não, porque eu não preciso de cargo para fazer
política nem para ajudar nosso povo”, afirmou. Para João, a única mudança
demandada pela nova função é que o empenho terá que ser mais intenso.
Desde a morte de Eduardo Campos, em 13 de agosto deste ano, João
vem dando sinais do desejo em seguir os passos do pai. Durante a campanha de
Paulo Câmara para o governo de Pernambuco, o jovem de 20 anos subiu em
palanques e participou de comícios.
A função de João no cargo é fazer mobilizações de cursos temáticos
na área política e congressos, promover discussões programáticas, além de
atrair novas filiações para o lado socialista e fazer articulações.
.Aplaudido várias vezes
durante a fala, o filho de Eduardo afirmou estar feliz por ter a oportunidade
de contribuir com o partido. Mesmo tendo frisado que este foi um ano difícil
pela morte de Eduardo e de Ariano Suassuna, disse que também foi de vitórias
pela eleição de Paulo Câmara para o Governo do Estado, Fernando Bezerra Coelho
para o Senado e da bancada de deputados federais e estaduais. “É um feito
inédito para o partido”, afirmou.
“Estamos unidos aqui para fortalecer o legado de Eduardo Campos e
o legado de Arraes. Esse legado foi construído através da escuta ao povo, à
população. Então esse legado pertence ao povo. Venho aqui muito feliz e quero
agradecer a vocês pela mobilização na campanha”, pontuou em sua fala.
João
Campos ainda comentou a eleição da presidente Dilma Rousseff (PT), a quem o
partido e a sua família faziam oposição. “Nós queríamos a mudança. Estamos hoje
com esse desejo de mudança”, afirmou. Usando parte do pronunciamento da
petista, o socialista também pediu o engajamento dos correligionários na
discussão de temas propostos por ela, como as reformas política e tributária.
Quanto à postura do PSB no âmbito nacional, o jovem defende que
todas as instâncias sejam ouvidas antes de qualquer decisão – se a legenda
adotará uma postura mais oposicionista ou mais alinhada ao governo.
“O PSB deve ser reunir com o PSB nacional. Reunir os Estados e
tomar uma decisão conjunta. Ninguém pode se precipitar e escolher um caminho. A
gente tem a unidade do partido, que está fortalecido aqui em Pernambuco. Então
temos que conversar com a executiva nacional para achar o caminho a ser tomado
no nível estadual e nacional”, observou


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