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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"Ninguém nomeia um governador", ironiza Armando, em recado a Eduardo

                   Armando avalia que ainda haverá



Em franco recado ao governador Eduardo Campos (PSB), que acaba de ungir o seu secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), à condição de candidato ao governo do Estado, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), que constrói sua candidatura no campo da oposição, vaticinou: “Eu quero dizer é que você pode nomear um secretário, mas ninguém nomeia um governador. Governador quem elege é o povo”. A sentença foi dada ontem, em entrevista à Rádio Jornal. À tarde, a frase já estampava a fanpage oficial do senador no Facebook.

O petebista esperou o anúncio oficial da chapa governista, já pública desde a última quinta-feira (20), para comentar o “poder de fogo” do adversário. “Tenho respeito pelas pessoas e esse processo que culminou com a indicação é um processo que foi acompanhado por vocês, que, em última instância, indicou que não havia uma candidatura natural nesse campo. Tanto que se assistiu a um processo curioso em que havia exposição de nomes, frituras, vetos. Mas isso não importa!”, alfinetou.

Os dois meses que antecederam a escolha pelo nome de Câmara foram marcados por um bastidor de temperaturas altas, do qual surgiram, e depois serem descartados, sete pré-candidatos. Entre eles, os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Danilo Cabral (Cidades) e Maurício Rands.

No momento em que comentava a preferência do governador por um nome técnico, repetindo a estratégia da eleição municipal de 2012 ao indicar Geraldo Julio, Armando Monteiro fez questão de frisar a importância da capacidade de “andar com as próprias pernas” para um gestor. “Acho ainda que há uma questão também muito importante, que é a capacidade de caminhar com as próprias pernas, ter um sentido de independência que é tão importante e algo tão caro a Pernambuco”, disse.

“Evidentemente que aquele candidato que tem experiência política, que já tem uma visão do processo político e que ao mesmo tempo valoriza o processo técnico, porque hoje as escolhas, as decisões políticas têm que ser informadas tecnicamente, portanto, o fundamental nesse processo é que se possa aliar experiência, capacidade de articulação e um sentido de direção. Porque o político é aquele que sabe, em determinadas circunstâncias, definir prioridades e aliar a essa experiência sensibilidade”, completou o senador petebista.
Próximo ao PT, o senador acredita em reviravoltas, mesmo isolado localmente do ponto de vista de apoio partidário – partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT), a exemplo, do PCdoB, PR e PDT subiram oficialmente ontem no palanque de sustentação de Paulo Câmara.

“Tenho a impressão que nós vamos ter aí surpresas nesse processo. Quero lembrar que as convenções só ocorrem em junho, ou seja, as alianças só são formalizadas em junho. Portanto, há muito ainda o que acontecer pela frente”, disse.

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