Do Jornal do Commercio
A funcionária pernambucana do supermercado Pão de Açúcar Polliana Késsia da Silva Porto obteve no Tribunal Superior do Trabalho (TST) uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais. A ex-operadora foi vítima, em 2006, de um grave acidente que lhe queimou 65% do corpo.
Na época com 19 anos, Polliana ficou 58 dias internada, passou por 12 cirurgias e hoje, além das cicatrizes, sofre com o que seu advogado, Nilton Correia, chama de "dor íntima". "Era uma menina linda e teve queimaduras de 2º e 3º grau por todo o corpo. Todas as cirurgia foram médicas, e não estéticas", acrescentou.
Quase cinco anos depois, Polliana espera agora a publicação da decisão, proferida no último dia 8, para receber a indenização, caso o Grupo Pão de Açúcar não entre com um recurso no Supremo Tribunal Federal. Por meio de nota oficial, a companhia informou que "o processo ainda está em curso e que vem prestando assistência conforme determinação judicial".
A empresa custeou todas as cirurgias e voltou a empregar Polliana, dessa vez no setor administrativo. "Mas o caso dela é complicado. Ela precisa trabalhar em um lugar climatizado de forma muito específica, pois sua pele arde até hoje. Na verdade, a ação tem mais um apelo educativo, para que casos como este não se repitam", comentou Correia.
Polliana se acidentou ao tentar acender o fogo de um equipamento utilizando álcool líquido, em vez de álcool em gel. Houve então uma explosão. "Ela não possuía equipamentos de proteção individual ou habilidade para esse procedimento", afirmou o advogado.


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